O Tratamento Fora do Domicílio passou de R$ 247,50 para pouco mais de R$ 30,00 desde 2017
Na sessão mista desta quarta-feira (24), o vereador Adhemar Freitas Jr. (SOLIDARIEDADE), no uso da Tribuna, externou sua indignação sobre o que as pessoas de Imperatriz que precisam fazer Tratamento Fora do Domicílio (TFD) estão passando. Relatou o caso de uma moça que tem pouco mais de 20 anos, faz um tratamento de Lupus, mas precisa dar continuidade em São Luís. Para ele, a situação dela é o exemplo da irresponsabilidade do poder público municipal para com os contribuintes, pois desde novembro de 2020, a ajuda de custos não está sendo paga, e muitos outros estão há muito mais tempo na mesma situação e sem nenhuma previsão para receberem.
“É um absurdo vermos pessoas precisando da ajuda mínima do TFD, enquanto a Secretaria de Saúde (SEMUS) trata as pessoas de forma desumana. Desde 2017 diminuíram o repasse para R$ 30 e poucos reais, mas nem isso pagam. São poucas pessoas e o que vemos é a frieza com que esses pacientes são tratados. Só sabe quem tem um parente ou familiar, que viaja sem nenhuma ajuda do poder municipal. É triste estar doente, sem condições de trabalho e ficar mendigando de porta em porta, enquanto a Secretaria diz que não pode fazer nada. Me revolta, por isso faço esta fala e continuarei fazendo. Peço ao gestor que abra o coração, respeite o povo, ajude a população, dê dignidade, trate bem. Quando se quer, faz. Mas quando existe má vontade é assim que acontece”.
Flamarion Amaral (PCdoB) comentou que é preocupante ver muitas famílias vivendo esta realidade. Pediu que a SEMUS encaminhe para o legislativo, a quantidade de pessoas que fizeram cirurgias eletivas este ano. De acordo com as informações dele, nenhuma foi feita. Apresentou alternativas, como a de ir até a capital para que ele pessoalmente possa ajudar com suporte de apoio, e falar com o governo do estado, os deputados federais e senadores. Afirmou que o seu compromisso é com o povo e destacou que desde o início do mandato do deputado estadual Rildo Amaral (SOLIDARIEDADE), este disponibiliza um apartamento para as pessoas que precisam ficar em São Luís, tenham onde ficar para resolverem problemas de saúde, e que o parlamentar tem contribuído no que pode para colaborar com a população de Imperatriz.
O presidente Alberto Sousa (PDT) disse que só quem passa por esse problema e tem a necessidade, sabe como é importante o TFD. “É desgastante e infelizmente esses acontecimentos continuam se repetindo. Esta é uma luta de todos nós. O valor é muito pequeno, e só vai atrás quem realmente precisa. Não estamos aqui para fazer politicagem e sim para nos unirmos, fazermos chegar em quem necessita. Não é só o município, o estado também apresenta uma grande dificuldade para pagar esse auxílio. A luta é muito difícil, mas tenho certeza que nossa voz irá ecoar e chegar onde precisa”, explicou.
Aurélio (PT), lembrou que na gestão do prefeito anterior o valor do TFD era de R$247,50. Que este passou 8 anos repassando para quem precisava e conseguiu pagar, mas quando a gestão atual entrou, avisou que iria economizar, mas que só buscam fazer isso em cima do pobre. Quem mais precisa é penalizado e a grande maioria são pessoas desprovidas de recursos financeiros. Não existe sensibilidade e este recurso está dentro do orçamento, mas não pagam.
Adhemar finalizou perguntando se hoje Imperatriz é mais pobre do que em 2016, pois não se justifica nem a diminuição nem a falta do repasse, já que aumentou a arrecadação própria, o orçamento é maior, apenas para o usuário do TFD piorou tudo.
Espera que o Prefeito e a Secretária de Saúde possam dar uma resposta aos questionamentos, façam os repasses e sirvam realmente aos interesses do povo e da cidade.
Sidney Rodrigues – ASSIMP
Fotos – Fábio Barbosa